Assim como Wycliff, João Huss, Lutero e outros que se levantaram para combater a corrupção, a venda de indulgências, a disputa pelo poder e tantas outras incoerências, acredito que a religião cristã dos nossos dias, não está em situação muito diferente dos dias desses homens. O que impera é a hipocrisia, o moralismo, o controle da vida alheia, o orgulho teológico, o comércio, a corrupção, etc. Fatores que se contradizem com os ensinos e a vida de Jesus. Nada vale mais a pena do que aprender e viver o puro e simples evangelho. Indique este blog e deixe um comentário.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Onde Está a Graça?


Um assunto que circulou em vários blogs foi o posicionamento tomado na última assembléia do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB). A decisão foi assumir de forma oficial em classificar a IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) e a IMPD (Igreja Mundial do Poder de Deus) como seitas. Agora as pessoas oriundas dessas denominações deverão ser rebatizadas e fazer profissão de fé para serem membros da IPB. Na verdade, já se espera este posicionamento das grandes denominações evangélicas do Brasil há muito tempo. Parabéns IPB pelo posicionamento! Mas as interrogações que me surgiram após ler sobre isso foi:
Qual o posicionamento que devemos ter em relação a diversos pastores, inclusive de igrejas tradicionais históricas, que pregam mensagens de filosofia, auto-ajuda, psicologia e diversas outras mensagens, alicerçadas em ciências e pensamentos humanos, mensagens desprovidas da Graça intituladas como evangelho.
Qual o posicionamento que devemos ter em relação à liderança, conselho ou qualquer outro grupo de igreja que prioriza e investi em coisas corruptíveis ao invés de investir em pessoas. Reuniões de lideres que decidem não contribuir com trabalhos com pobres ou crianças só pelo simples fato delas não poderem retribuir financeiramente. E ainda afirmarem que a decisão da liderança é a vontade de Deus.
Qual o posicionamento que devemos ter com “crentes” que barganham com a fé. Pessoas que depositam suas finanças não por amor ou gratidão, mas com o objetivo de receberem mais de Deus, como uma espécie de “loteria espiritual”. Pessoas que estão mais preocupadas em construir seu “reina na terra” do que ser cidadão dos céus.
Qual o posicionamento que devemos ter com os “profissionais da fé”. Homens que são pastores por conveniência financeira e nada mais. Pastores que deixam as “99 ovelhas” por “uma” que tem maior dízimo.
Tenho consciência que as perguntas acima não se resolvem com assembléias ou reuniões do gênero e que também não devemos sair generalizando tudo e todos como seita, mas o que me deixa inquieto é saber que muitos dos membros das IURDs e IMPDs já pertenceram a denominações como Presbiteriana, Batista, Assembléia, Luterana e outras. Será que todos vão a essas “seitas” em busca de soluções egoístas?
De fato, muitas dessas pobres almas buscam algo que não estão encontrando em lugar nenhum e muito menos nessas “seitas”. A verdade é que tem muito crente desesperado e ansioso em fugir do inferno que esqueceu de celebrar a viagem para o céu, tem muita denominação evangelica preocupada em gerrear com o mundo que esqueceu da missão de ser o porto da Graça neste mundo carente de Graça.
Qualquer organização não cristã pode alimentar os famintos, cuidar de órfãos, cuidar de enfermos... Não precisam ser crentes para fazer esse tipo de coisas. Uma coisa o mundo não pode fazer: Oferecer Graça. Onde mais os homens poderão encontrar Graça?
A Graça é o melhor presente de Deus ao mundo. Ela é uma boa nova espiritual no nosso meio exercendo uma força maior do que a vingança, mais forte do que o racismo, mais forte do que o ódio, mas infelizmente muitas igrejas, inclusive as tradicionais historicas, estão carecendo da Graça.
Fome da Graça... talvez seja esse o motivo da busca de muitos nessas “seitas” e que acabam se adaptando a “des-Graça” porque muitas igrejas evangélicas se tornaram “sem-Graça”

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