Assim como Wycliff, João Huss, Lutero e outros que se levantaram para combater a corrupção, a venda de indulgências, a disputa pelo poder e tantas outras incoerências, acredito que a religião cristã dos nossos dias, não está em situação muito diferente dos dias desses homens. O que impera é a hipocrisia, o moralismo, o controle da vida alheia, o orgulho teológico, o comércio, a corrupção, etc. Fatores que se contradizem com os ensinos e a vida de Jesus. Nada vale mais a pena do que aprender e viver o puro e simples evangelho. Indique este blog e deixe um comentário.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A Revolução do Evangelho

Diferente de uma reforma, nós cremos numa Revolução do Evangelho. A Revolução só incluirá os cristãos se eles tiverem a coragem de desistir do cristianismo e abraçar o supremo e seguro risco de apenas andar conforme a revelação da Graça de Deus em Cristo, pela Fé, visto que a promessa é que o próprio Espírito sempre haverá de nos conduzir a toda Verdade.
A Revolução do Evangelho não se atém a nenhuma preocupação com construção de coisa alguma. De fato, o grande problema sempre teve a ver com a necessidade de segurança que as pessoas dizem precisar - o que a religião ficticiamente oferece - ; e que as impede de apenas andarem pela fé no que Jesus já fez e consumou por todos os homens, daí a perplexidade e a insegurança de ser “dos do Caminho”.
Se quisermos algo sério de verdade, temos que saber que isso demandará de nós uma volta humilde e sem tradições para a Palavra, isso a fim de sermos completamente lavados das tinturas com as quais o cristianismo pintou a fé para nós.
Sei que o que digo é verdade segundo o Evangelho, mas também sei que tal fé é incompreensível para as mentes viciadas no Cristianismo como Religião; e sei que é desinstaladora demais para aqueles que vivem do negócio clerical cristão.
O que creio, portanto, é que há um Basta de Deus em processo de eco no ar... O Reino é Dele. A Igreja é Dele. O Povo é Dele. E Ele mesmo haverá de nos surpreender!
Quem, todavia, deseja “Reformar o Sinédrio”, e pensa que esta é nossa intenção, não nos procure; pois, “reformar o Sinédrio” é sonho de fariseu; sonho esse que Jesus nunca sonhou; por isto mesmo nunca fez nada a respeito! Não adianta brigar contra a Potestade da Religião. Ela se alimenta da briga contra ela. Sim! O ódio a alimenta e a rejeição a fortalece em seus ódios.
Quem, porém, desejar o Novo, então, se quiser ajudar, que não faça mais nenhuma barganha com a religião cristã, e em contrapartida, que se entregue de coração ao Evangelho de Jesus. Que viva conforme a simplicidade da fé que confia que Tudo está Feito, e que não sobrou tarefa complementar e vicária a serrealizada por mais ninguém, nem pela igreja.
O preço que as pessoas pagam pela submissão aos mandamentos de homens é absolutamente inconcebível. Esta é a razão porque a maioria dos cristãos tem apenas “apologia” doutrinária para fazer em defesa da Fé; mas não é ela mesma a grande apologia do Evangelho pela demonstração natural de uma existência livre e pacificada no amor de Deus.
Agora, posto o machado na raiz de toda árvore, chegou o tempo de ser ou não ser; de abraçar o Evangelho, ou, de uma vez, assumir que somos apenas filhos de um híbrido, de uma “frankensteinização” que monta pedaços da revelação conforme a necessidade moral, social, política, econômica; e conforme o curso deste mundo.
Desse modo, sei que sou uma voz quase solitária no deserto.
Mas, na hora em que milhares e milhões, que assim crerem, passarem a viver livres conforme o Evangelho, então, sem pai, sem mãe e sem fundador, a revolução se estabelecerá: sem sede, sem geografia, sem dono, sem tutor, e sem reguladores da fé. Isso, todavia, só será real e genuíno se Jesus for tudo, e o espírito do Evangelho da Graça se tornar a única Lei da Vida.

O texto é parte integrante do livreto Um Só Caminho
Caio Fábio

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Cristo sem cristianismo.

O que se sabe é que Jesus não deixou nenhum escrito e não fundou religião alguma. O que chamamos hoje de cristianismo é uma construção religiosa feita pelos seguidores de Cristo ao longo de dois mil anos e que foi afetada pela era do imperador Constantino, a era da Reforma Protestante e a era dos Avivamentos na Inglaterra e Estados Unidos. O modelo atual hierárquico seguido por grande parte das igrejas tem sua origem na arquitetura original dos templos do período do imperador Constantino. No cristianismo estão contidos vários seguimentos, como católicos romanos, ortodoxos, protestantes, pentecostais, neopentecostais e outros. Assim, é um engano afirmar que foi Jesus o fundador do cristianismo. Outro grande erro é comparar Jesus com qualquer outro homem que viveu ou vive nesse mundo. Jesus é sobre todos e tudo, é incomparável. Jesus combateu o movimento religioso de seu tempo e não é possível detê-lo dentro de qualquer religião que seja. Jesus influenciou milhões de pessoas ao longo dos séculos, mas não tem nada a ver com a religião criada pelos seus seguidores. Jesus é o maior e melhor projeto de vida a ser seguido, isso quando não acrescido de referências, procedimentos e dogmas religiosos. Seguir Jesus não é seguir doutrinas, dogmas, teologias sistemáticas como se fossem a Palavra de Deus, como se fosse o Evangelho. Palavra de Deus é Jesus, afinal Ele é o verbo encarnado. Seguir Jesus é confiar de todo o coração e andar sem o fardo pesado imposto pela religião cristã, é compreender, aceitar e andar na Graça, é ser aceito por Ele, aprendendo com Ele como agir e reagir, é seguir sem pedras nas mãos, perdoando e sendo perdoado, é ser como o negociante que procura boas pérolas e ao encontrar uma de imensurável valor, vende tudo o que possui e a compra.
Se você é um dos seguidores do cristianismo pare, olhe para Jesus, ame-o de todo o coração, sirva-o, ame os que confessam o Seu nome e também até mesmo os que odeiam o Seu nome. No entanto, deixe de tentar amar e seguir a Jesus nesse caminho humano, no qual se tem coisas do Jesus do Evangelho apenas como isca. Ainda é tempo de deixar de amar o cristianismo ou a “igreja” com o amor com o qual só deveriam amar a Jesus, e a nada mais.